sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Retrospectiva 2012 - Shows



2012 foi o ano dos shows! Se eu já costumava ir a muitos shows, este ano fui a ainda mais shows. Fui a grandes festivais como o Lollapalooza e o Terra, a shows pequenos como Pedra Letícia. Tenho a impressão de ter ido em mais um show sozinho este ano e ainda entrar na faixa para ver o bis do Duran Duran. Vi bandas de todos os estilos e calibres, bandas consagradas, bandas que estão acontecendo, bandas que ainda vão acontecer e bandas que já não aconteceram e nem vão. Pude ver Foo Fighters de novo tocando um show completo, mesmo estando em um festival e pude ver o Garbage, finalmente!

Descobri que o Foster The People além de fazer um som divertido e dançante, manda super bem ao vivo. Vi 3 Doors Down que havia descoberto lá em 2001, tocando em um Top10 EUA da 89 e não fui ver o show do Evanescence que havia descoberto quase da mesma forma. Fui em praticamente todos os espaços de show de São Paulo, até os novos Metrópole e Joia. Assisti meus primeiros shows da arquibancada e já sei que tipo de show posso ir ver nela de novo.

Foi um ano em que eu passei a trabalhar também com shows, agenciando bandas e indo atrás de possíveis artistas para trazer para o Brasil. Um ano de pensar nos shows pequenos e para trabalhar e chegar nos grandes.

Com tantos shows assim, o show que levou o troféu de Show do Ano foi um que entrou meio por acaso na lista e que mudou o jeito que eu vejo a produção de um grande show: Roger Waters - The Wall. Nem estávamos pensando em ir, mas ai encontramos um amigo meu (o Zé) em Buenos Aires e ele tinha acabado de ver o show e ficou mostrando os videos. A empolgação ganhou e assim que a viagem acabou as entradas estavam na mão. Uma produção gigantesca, com som surround no estádio e projeção digital em um muro que ia sendo montado a cada música. Um show com execução perfeita e que começou uma pequena revolução em casa, já que pouco depois dei o livro do Pink Floyd para a Laura e estamos falando da banda e do show até hoje.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Retrospectiva 2012 - Livros






Este ano não foi um bom ano para os livros comigo. Acabei lendo muito menos do que costumo ler por ano. Mesmo assim, acredito que tenha sido um bom ano para adquirir livros e quadrinhos. Depois de uma década, voltei a ir no Fest Comix e fiz uma bela compra, levando as edições definitivas do Sandman, Powers e algumas outras coisas, entre elas, meio que sem querer, o livro que tá virando o livro do ano para mim: World War Z.

Eu mal comecei a ler, porque estou acabando o ciclo da Herança, a coleção de livros do Eragon. Esse ano devo ter lido uns 6, 7 livros no máximo, mas estou conseguindo fechar duas coleções, pelo menos, a supracitada e a do Noturno, do Guillermo del Toro e Chuck Hogan sobre uma dominação global de vampiros. O World War Z eu só li dois capítulos até agora e, ainda assim, ele já me fisgou. O texto despretensioso contando como fatos do passado, experiências de um guerra que já aconteceu, me manteve pensando mesmo enquanto leio outro livro. Já por isso mostra uma grande virtude.

Eu comprei o livro meio que sem querer durante a Fest Comix deste ano. Já estava levando um absurdo de revistas encadernadas e peguei o livro por último, só porque estava ali e bom, era de zumbis. Junto dele vieram as Sandmans definitivas, Powers, Frequência Global, a coleção completa de Video Girl Ai e outros.

Além disso estou lendo por tabela o livro sobre a história do Pink Floyd, já que este, certamente, foi o livro do ano para a Laura e a cada nova ida ao trabalho dela, eu fico sabendo de mais um pouquinho das brigas e desenlaces enquanto eles faziam cada um dos albuns. O livro é ótimo, a contadora de história melhor ainda (ainda mais com a paixão que ela vem tendo pelo assunto), os personagens dariam uma bela série e o trabalho da banda é fenomenal.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Retrospectiva 2012 - Cinema





Eu não fui muito ao cinema este ano e o cinema me pareceu meio bobo este ano também. Mantivemos a linha dos grande arrasa quarteirões sendo filmes vindos de um background mais nerd, como "Os Vingadores", "O espetacular Homem-Aranha", "Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge", "O Hobbit", "Jogos Vorazes", entre outros. Não é que não sejam bons filmes, porque no geral eles são. Cada vez feitos com mais esmero, melhores roteiros, efeitos de ponta, personagens mais complexos, com bons diretores por trás deles, mas ainda assim, arrasa quarteirões, que dão preferencia a grandes sequencias de ação pois precisam vender entradas, precisam pagar o grande custo de os fazer.

De filmes mais densos, o ano trouxe pouca coisa. Destaco Argo, On The Road e Prometheus. Este último não me convenceu e bateu em diversas teclas que eu já havia visto ou lido aqui ou ali, mas ainda assim é um bom filme que quer levantar questões inquietantes. On the Road é um filme bom, que passa muito do que foi o livro, adaptando onde precisava adaptar, mas mantendo o clima, os personagens e as dúvidas. Mas, para mim, até agora, a surpresa do ano se chama Argo, um filme tenso, de uma situação muito pesada, real e completamente absurda. Mais uma ótima direção do Ben Affleck que parece estar conseguindo se reinventar em Hollywood. Sei que é o final do ano, e é agora que os filmes bons e que caminham em direção ao Oscar do ano que vem começam a estrear.

Outra boa surpresa do ano foi Looper, com um roteiro rico de boas sacadas, boas interpretações e por não procurar soluções simples, quase levou o filme do ano. Entre os divertidos, destaco Men in Black 3. Filmes leves, que não se levam a sério e estão ali para divertir e até tirar um barato com o próprio filme me tem como publico cativo. Depois de um segundo filme um pouco aquém do esperado, o terceiro mostrou que a franquia ainda tem força para novos títulos. Assim como o MiB3, outro filme que não quer se levar a sério e ganha muitos pontos por isso foi o Mercenários 2, contando com esta hilária cena.

De qualquer maneira, o filme do ano para mim foi o Missão Impossível. Não pela qualidade do filme, que eu até posso tentar defender, já sabendo que não é tão incrível assim. Para mim, o maior mérito do filme é ter pego um seriado muito divertido, mas há muito tempo cancelado e ter montando uma franquia de sucesso, passado por bons diretos, que levam a sério o que estão fazendo. É um James Bond de equipe, que precisa de todos para conseguir funcionar. Claro que eu sei que o M:I4 é, na verdade, do final de 2011, mas eu só assisti no dia 4 de janeiro deste ano, então, para mim, conta como 2012 ainda. Foi minha primeira ida ao cinema sozinho e pelo melhor motivo, um motivo que mudou meu ano inteiro me fazendo estar onde eu estou agora. O cinema tinha sido sempre um hábito de grupo para mim, sempre combinando com diversos amigos ou convidando pessoas e com este filme passei a ir ver diversos filmes sozinho durante o ano.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Retrospectiva 2012 - Games





Final de ano é sempre igual. Muitas confraternizações, muitos encontros familiares e, muitas listas, fazendo retrospectiva do ano que passou. Como faz tempo que não posto, resolvi fazer uma retrospectiva minha, sendo dividida por etapas.

E já que é para começar, vou começar bem com a retrospectiva de Jogos! Este ano foi um bom ano de jogatinas, RPG e para as plataformas. Gastei mais em jogos este ano que em qualquer ano anterior. Comprei muitos jogos no Steam, de xbox. Comprei um playstation 3 e já comprei alguns jogos para o mesmo e com isso fechei um videogame e cada grande atualmente, porque tenho o DS da nintendo. Comprei jogos de tabuleiro e estou pronto para fazer uma nova compra. Foi um ano bom para os jogos, mesmo com a falta de tempo que eu ando para conseguir joga-los.

Já que não vão faltar nomes para serem citados, preferi falar do melhor em cada âmbito e, como não poderia ser diferente, todos são do segundo semestre do ano para mim.

Nos jogos de videogame, o jogo que eu sempre quis ter e só puder ter este ano é o Little Big Planet. O jogo em si é bem divertido, de plataforma e raciocínio. Divertido e fácil de se compreender. Além de todos estes pontos a favor, o que eu realmente queria mexer e me divertir era com o criador de mapas e jogos que ele possui. Você pode montar um jogo inteiro só seu (teve quem fez jogo de corrida estilo mario kart, teve quem fez jogo em primeira pessoa) e colocar para vender depois.

No PC o grande vencedor para mim apareceu só no final do ano: The Walking Dead é tenso na medida certa e te permite escolher caminhos múltiplos e que mudam a história e como as pessoas reagem a você. Ainda estou acabando o primeiro capítulo, mas já me pego pensando em que horas eu vou conseguir jogar um pouco ele durante o dia.

Nos jogos de tabuleiro eu pude confirmar que o 7 Wonders é realmente divertido durante uma maratona do jogo no último domingo. O jogo é simples, fácil de compreender e jogar e muda o tempo todo.  Ele é o motivo de eu estar querendo fazer um novo pedido de jogos (comprei 4 na última compra: puerto rico, race for the galaxy, dixit e o felix).

E para fechar, tenho de ressaltar o RPG que voltou a pegar no breu e passamos a jogar semanalmente de novo e ganhado quorum, o que é sempre feliz.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Through the sorrow all through our splendour


2 aniversários.

A nossa percepção de tempo é tão errada. O tempo parece correr da gente. Parece nos iludir com sua duração. Dias parecem não acabar, e anos parecem ter acabado de começar quando terminam. Mais rápido, soterrando emoções, soterrando o passado, as juras, as dúvidas, as conquistas e as derrotas. Talvez por isso contemos histórias, talvez por isso dividamos nossas experiências, para desenterrar estes momentos, nos reencontrar.

A cada dia que passa, o último encontro fica mais longe e a dor parece ficar um pouco mais para trás, um pouco menos presente, um pouco mais abafada. E a lição que foi ensinada, a urgência da vida também vai sendo esquecida. Pra voltar mais tímida em outra data de lembranças, para perder sua urgência, sua força, a cada novo ciclo. Mas não deveria ser assim. Não pode ser assim.

Todos os momentos ocorridos, tudo que fomos, somos e seremos estará sempre gravado dentro de cada um de nós mesmos. Só basta buscar e permitir que nossa maquina perfeita possa realizar o que foi construída para fazer. Cada sorriso, cada gargalhada, cada choro, cada dor e cada felicidade, cada único momento congelado dentro de nós mesmos. Basta buscar e estamos lá de novo, uma viagem no tempo.

Quando colocamos em perspectiva o duro momento da perda, todas as outras dificuldades parecem tão menores, tão passageiras. As dúvidas, as vontades erradas, as buscas fadadas ao insucesso (apenas por serem), as dores, as pedras no caminho, tudo transponível, tudo menor. Essa urgência que a perda trás, essa percepção, que nos é soterrada por todos os dias, dia após dia... Essa percepção do nosso tamanho perante as coisas a a certeza, naquele momento de que nada é impossível, essas são as coisas que precisam sempre ficar próximas. A perda precisa nos ensinar algo que perdure tanto quanto ela mesma. A perda precisa nos fazer melhores. Agora vivemos por mais de um. Agora temos de ser por mais de um.

A vida sempre nos reserva grandes mistérios que apenas quando a mesma se encerra poderão ser desvendados. Espero que eles tenham se aberto perante você e que seja tudo que você imaginava e mais... sempre mais. Este é o segundo aniversário que eu não falo com você e por mais próxima que eu te tenha, a dor vai sempre continuar, nunca vai passar, nunca vai ser igual. Já são dois aniversários, e há tanto que eu queria te mostrar, há tanto que você deveria conhecer. O amor vai sempre continuar.

O dia a dia vem, mas não vai mais levar o meu tamanho, a minha capacidade, a minha vontade de viver e ser sempre melhor.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

The Show Must Go On




O Canal Bis do Multishow está passando um show do Queen + Paul Rodgers e eu não consegui sair da frente da TV. As lembranças do show que eu fui em novembro de 2008 voltaram todas e eu me lembrei que este era o show que eu tinha de ir na vida. Não foi possível ver a banda completa, então eu vi o melhor possível.

Neste ano eu assisti ao cover "God Save The Queen" e os argentinos são muito bons. O cara que faz o Freddie não tenta se passar pelo Freddie, ele é o Freddie. Muda aqui e ali uma roupa, mas você enxergaria o Freddie Mercury usando aquilo. Os trejeitos, as chamadas da galera, tudo muito bom. Mas o show de 2008... ah! Os originais são incomparáveis. Aqui vai o que eu escrevi do show na época:

"Então vocês gostam de cantar? So do you like to sing? Vocês querem cantar para o Freddie?


Yeeeeeeeeeeeeeah!"




O show abriu com uma porrada: hammer to fall! Seguindo acelerado por tie your mother down! The old times were back! Paul Rodgers sabe que não tem o mesmo range do Freddie e não força. Marca a musica quebrando o tempo para encaixar suas puxadas. A voz rouca e grave, quando puxada, manda bem e vc sabe que aqui ali está acontecendo! Que o Queen esta tocando na sua frente!
O que se segue dai é um turbilhão de emoções: Fat Bottomed Girls, Another One Bites The Dust, I Want It All ( fantastica) e I Want To Break Free. Todos cantam tudo em uma só voz, sem parar. Já da para sentir a garganta começando a ficar rouca. Na galera, o mais legal, idade variando de 14, 15 anos para velhinhas e velhinhos, felizes, dançando.
Entra a primeira do cd novo (Cosmo Rocks, já com o paul rodgers): C-Lebrety. A música tem uma riff legal e a parte cantada no começo é boa. Não é Queen, mas é rockão. O refrão tenta puxar para o queen e não sei se gosto dessa passagem, parece forçada. Vem então a que eu esperaria que seria a pior do cd novo: Surf´s Up.... School´s out! Ledo engano. Ganha fácil de todas as outras e tem a puxada mais clara para o lado do que o queen fazia. Curti.
Brian anuncia entao: Paul Rodgers. Ele, sozinho no palco, com seu violão, toca Seagull do Bad Company (sua antiga banda). A música é bonitinha e o cara manda bem. Diga-se de passagem, é interessante ver como ele sabe que este não é o show dele e como deve ser díficil para um cara que foi frontman e guitarrista de duas bandas e de sua carreira solo, saber quando sair de lado e deixar os outros acontecerem. Bem ou mal, o cara tá na estrada a muito muito tempo e nunca tinha vindo para o Brasil. Ele sabe que ele ta aqui de carona.
Ele chama então Brian May que como violão, chega o mais proximo do publico com o seu banquinho e diz as palavras que abrem o texto, puxando em seguida Love of My Life. A galera canta do começo ao fim, com o Brian deixando o pessoal cantar sozinho grande parte. Quando tenta retomar no final da música, sua voz esta embargada de emoção e quase não sai em varios pontos, dando para perceber claramente o quão emocionado e quanto ele segura para não chorar. É o momento mais emocionante do show, de longe, quando se nota que o cara perceber o carinho e o alcance que sua vida teve. A multidão grita o nome dele.
Recupera-se chamando Roger Taylor lá para frente, quase no meio da galera! Taylor leva um bumbo e o pandeiro. Começa 39! Fantastico. Ele deixa o publico cantar o refrão inteirinho o regendo. Pede para parar e diz: "O my god! Since you guys sings so fucking brilliantly I have to call the rest of the band to play with us". Apresenta um a um que vão la para frente tocar também. O baixista com um baixo muito legal, com um que de acustico (ficava de pé), mas eletrico, aparentemente. O pianista com uma sanfona e o outro guitarrista. "Where was I?" pergunta "Ah!" E volta para o refrão.
Todo mundo sai e Roger fica brincando com o pandeiro, que cai da mão. Ele pega as baquetas então e toca na borda do bumbo, brincando com ritmos. Vira para o lado e lá esta o baixo. O baixista fica de pé ao lado e Roger começa a tocar com as baquetas o baixo... acelerando acelerando.... aceleraaaando.. e de repente toca o começo de Under presure! O publico delira. Volta a acelerar e toca a base de Another one bites the dust! Para de brinca com o baixo e se senta na frente do bumbo. Começam a montar a bateria enquanto ele vai tocando cada caixa, canda cymbal, cada prato que colocam na frente dele. Puta solo. Emendando em I´m in love with my car! Incrível o que o senhorzinho barrigudo toca e canta ainda!
De lá ele segue para Kind of magic! Fantastico! Ele cantando não da para sentir falta do Freddie. Segura muito muito bem a musica toda. Dela para Say It´s not true, do cd novo. A música me lembra o esquema e o tom do No one but you, que eles fizeram em memoria do Freddie. Depois seguiram com mais uma do cd novo e com a Bad company, do bad company. A musica é rockão bom tb. Bem legal. Entraram na We Believe, mais uma do cd novo que leva o estilão da No one but you.
Então deixaram o Brian sozinho de novo. Ele puxou alguns solos ótimos, inclusive de Now I´m here e ligou isso com Bijou. Fudido! Impressionante ver a pureza do som do Brian. E quem canta? O proprio Freddie, que aparece ao fundo, junto de milhares de luzes de estrelas que se espalham por toda a via funchal. Mais um momento intimista e gostoso.
Vem na sequencia Radio Gaga, Crazy Little Thing Called Love e The Show Must Go On. Nesta ultima fica discarado que o Paul Rodgers tem de comer muito para chegar num nivel proximo. O Roger fica a musica inteira dando semi viradas para dar dicas de entrada para o Paul e a voz do cara não chega. Enfim a versão de Bohemian Rhapsody da turne do Cosmos Rocks, com o Freddie cantando o começo, brian e roger acompanhando ao vivo, ai luzes apagadas no chorus e voltando com a banda toda e o Paul nos vocais.
Termina. Eles sai e voltam. No intervalo a plateia da show.
Quando voltam, voltam com Cosmo Rockin. Muito boa música. Acelerada, com gingado e ai, a voz do Paul sobrando na musica toda. Dela entram em All Right Now do Free. A primeira banda do Paul Rodgers, que tinha 18 anos na epoca,  e o maior sucesso da carreira dele provavelmente. O Roger Taylor não cansa de dizer que o Freddie Mercury era fã do Paul Rodgers desde desta epoca. De la paraWe Will Rock You, We Are The Champions e fechando com a inevitavel e consagrante God save the Queen
Claro, devo ter esquecido alguma musica. Foram muitas. Mais de 2 horas de show. Mesmo! Non stop. Só com a paradinha para o bis!
Entraram as 10 e sairam quase meia noite e meia.
135 reais e a certeza que não vou esquecer isso jamais.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Dure

Quando isto aconteceu?




Este é show do Coldplay no Glastonbury de 2011. O mega show de um dos maiores eventos da música no mundo. Me lembro de ainda "ontem" estar ouvindo shiver e pensando, é uma música boa, mas nada de mudar o conceito da música mundial.  De repente os caras são um dos grandes do rock atual. Um headliner.

Lembro que isso aconteceu com o Rubinho Barrichello também. Nas duas últimas temporadas dele na formula 1, quando ele começou a correr pela Brawn, as pessoas começaram a falar bem da carreira dele, das habilidades, da capacidade. Todos que um dia já tinham chamado o mesmo de pé de chinelo.

A sensação que me dá é que atualmente você não precisa mesmo ser bom, você só precisa durar o suficiente e uma hora o mundo vai te aplaudir. Let´s see.

We are infinite



"Eu não sei se eu vou ter mais tempo para te escrever, porque eu vou estar tentando participar".

Quantos amigos queridos você tem? Quem você acha que se passar uma, duas semanas sem aparecer vão sentir sua falta? Como você faz para manter seus amigos?

Qualquer relação exige comprometimento. Seja um namoro, um casamento, paternidade ou uma amizade. Tem algumas que requerem menos esforço, as coisas funcionam de maneira mais simples, seja pela proximidade (vocês estão no mesmo curso, trabalham juntos, ou algo assim), seja pelos hobbies, pela vizinhança. Outras aconteceram ao acaso e a vida só tende a distanciar ainda mais. Mas as vezes, mesmo com tudo contra, a vida não distancia, não entra no meio, não interfere e a amizade continua forte, firme, completa.

Tenho amigos muito queridos, uma familia praticamente, desde que tinha 12, 13 anos praticamente. Nossa amizade já fez maioridade. Durante os anos briguei com cada um deles algumas vezes. Deixamos de nos falar por algum tempo, nos afastamos e retornamos. Só retornamos porque era importante, retornamos porque era especial, porque fazia falta. E para voltar, para resgatar o que ficou para trás foi preciso muito carinho, muito cuidado, muito trabalho e interesse de ambas as partes.

As amizades precisam somar, precisam agregar algo. Seja um sentimento, uma risada, um crescimento, uma diversão, um desanuviamento. Mas precisam funcionar para ambos os lados. São elas que fazem a vida valer a pena, e são por estes vínculos, estas ligações que passamos dia após dia. O crescimento pessoal perde o sentindo se não tiver um objetivo.

Em nenhum homem é uma ilha, ou se não pudermos viver juntos, vamos morrer sozinhos, a cultura pop vem nos mostrando a força e a necessidade que temos para viver em sociedade, em contato com outros e como idéias novas arejam nossa cabeça tornando possível criar coisas melhores, expandir nossos raciocínios. Mas para este contato é preciso vontade, é preciso querer e é preciso sim, muito trabalho.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Unfamiliar Celling



Qual o tempo para um teto desconhecido se tornar familiar? O que é um teto familiar?

Quando eu assisti Neon Genesis Evangelion a primeira vez, eu era razoavelmente novo. Devia ter uns 17, 18 anos. Vi em VHS de um amigo e me impulsionou não apenas a ver muito mais anime a partir dali, mas a saber ver alguns layers em obras de ficção. Eva (como é chamado pelos fãs) tem vários momentos de apenas ação e comédia na série, mas, quanto mais os episódios passam, mais densos e dramáticos eles ficam, trazendo momentos de reflexão pessoal. Mas este conceito que trago neste post é bem do comecinho da série.

Sair de casa parece um processo natural, uma coisa que tem de acontecer, que faz parte da vida de todos. Alguns saem mais cedo, no exterior então, isto é ainda mais claro, uma vez que no geral, a faculdade que se faz é longe de casa e as pessoas se mudam para dormitórios muito cedo. Aqui isso acontece, mas como a qualidade das faculdades não é lá tão grande, as pessoas acabam escolhendo por proximidade. Então a saída de casa é retardada.

Meu teto é novo, mas eu me acostumei rapido demais. Parece que eu morei na minha casa anos atras. As coisas aqui estão com a nossa cara. A vida começa a tomar uma cara, um caminho. Agora existem as necessidades. É preciso fazer dinheiro, não dá mais para brincar. É preciso fazer as coisas funcionarem, ficarem sempre limpas. Montar a sua casa é das coisas mais divertidas que existem.

O teto ainda não é familiar, mas fica mais e mais a cada momento que passa.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O triste passar do tempo



É no fundo dos olhos das pessoas que se guardam todas as sensações. Quanto mais velho se fica, mais fundo este olhar te carrega. Hoje, conversando com meu pai, vi as preocupações e tristezas de toda uma vida brotarem e encherem seu olhar. A proximidade da morte escancarada pela velhice e deficiência de contemporâneos e o vazio deixado por, talvez, sua grande parceira.

Foi como olhar para um livro aberto de alguém que ainda procura forças para virar  o jogo todos os dias, apesar do corpo já estar pedindo um descanso.Que ainda planeja e espera mais do que o tanto a vida já lhe entregou. E foi difícil não ser arrebatado pela emoção que se passou com ele.

Estou a cada dia um passo mais nesta direção e a vida ainda tem muito para oferecer. É o que a morte, do Sandman tinha como mote: "You get what everyone gets. You get a lifetime". Faça o melhor que puder, seja o melhor que puder, porque isso é tudo que você tem. E no final, a estrada vivida tem de parecer boa, tem de ter sido gostosa, tem de te dar orgulho e deixar um espaço a frente para o desconhecido.

Viver não tem sido fácil e as transformações afetam a todos a nossa volta. Mas é um passo. Sempre um passo a frente.


terça-feira, 2 de outubro de 2012

Don´t Jinx it


Shhhhh!
Não fala! Nem pensa! Não deixa nada entrar no caminho e atrapalhar!
Tá tão perto, é logo mais. Já vai sair. Não fala, deixa acontecer para só ai comemorar.

Seria impossível não postar sobre esse momento. Seria impossível não pensar. Fica na minha cabeça da hora que eu acordo ao final do dia. Todos os dias, há mais de um mês. Encontrar o lugar já foi incrível, o lugar para os dois. Mais um dia. Mais dois no pior. É logo, tá logo ai.

É o fechamento de um ciclo, de um momento. Do Ato I. As costinas vão se fechar, para se abrir novamente num novo cenário. Até aqui foi a transição da infância para a idade adulta. Quando você resolve problema do seu pai porque ele não esta conseguindo lidar, quando você faz o inventário da sua mãe, quando você paga suas próprias contas, você já não é mais o moleque que as pessoas enxergam. A cara de menino, mas a responsabilidade não pode mais ser.

Shhhhh! Não fala para não dar azar.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Sob o domínio do Medo


Cortando o cabelo hoje eu conversava com o barbeiro sobre o ocorrido da foto acima. Uma menina de 12, 13 anos, da torcida do Coritiba, gritou o nome do Lucas, jogador do São Paulo, durante o jogo inteiro. Lucas tendo percebido isso, foi ao encontro da menina e do pai dela no final do jogo e, seguindo o pedido da mesma, entregou sua camisa do jogo para a menina. Um gesto muito legal do jogador e da torcedora, mostrando que mesmo torcendo para outro time, podemos ter nossos ídolos em times rivais. Afinal, Lucas, Neymar, Ganso, Oscar, Damião, e tantos outros, são de times diferentes, mas são o futuro da seleção brasileira, além de serem ótimos jogadores. E quem gosta de futebol quer ver o futebol bem jogado.

Tudo muito certo, tudo muito feliz. A menina recebe a camisa do ídolo, vira as costas e chegam nela alguns trogloditas da torcida do Coritiba. Empurram, puxam, colocam terror, querendo tirar a camisa da menina. Para que? Não sei. Queimar talvez, rasgar, usar para limpar a casa, sei lá. Não importa o que fosse, coisa boa não era. Fora que eles queriam roubar um presente de uma menina de doze anos!

História contada, voltamos a conversa. O barbeiro me dizia que a menina foi boba, que ela tinha de ter se ligado que estava na torcida do Coritiba, não devia pedir a camiseta. E eu falei, mas ela é só uma menina, certamente não pensou haver qualquer mal nisso. E o barbeiro continuou dizendo "Menina? Com doze anos hoje em dias todas elas sabem muito bem o que é sexo" (mudei o que ele disse aqui para manter o texto com indicação livre), "não tem mais boba não", continuou. Isso ficou no fundo da minha cabeça e só montou o quebra-cabeça enquanto eu jantava, horas depois.

Que mundo ruim que estamos fazendo. Uma menina e um ídolo, jogador de futebol, fazem a coisa certa e nós criticamos por ela não ter se tornado uma cínica paranoica? Não vamos em estádios mais por culpa da violência e começamos a achar que temos de levar a violência sempre em consideração, como se fosse a coisa normal de acontecer. Banalizamos o erro a um ponto em que se alguém espera educação e respeito, só pode ser louco, ou estar muito errado.

Fazer uma passagem pelos outros países mostraria o óbvio, a maquina de entretenimento que são os esportes. Prefiro deixar isso para uma outra vez, uma outra situação. Olho mais para a Inglaterra, que tem mais público na championship, a segundona inglesa, do que a nossa série A do campeonato brasileiro e lembro dos tempos dos Hooligans e quanto o país mudou. Depois de uma situação envolvendo os hooligans em um campeonato europeu, a Inglaterra foi banida dos campeonatos europeus por cinco anos. A Inglaterra se arrumou, mudou o esquema do futebol internamente, colocou um monte de câmeras e aplicou penalidades sérias. Aqui as pessoas achariam se tratar do fim do futebol isso, o fim das torcidas. Lá não só acabou com a violência, como trouxe as famílias e o espetáculo de volta ao esporte com estádios lotados e uma liga forte.

Mas esse episódio, mais do que mostrar o que há de errado com o futebol e as torcidas, mostra, na verdade, o que há de errado com a gente e como o absurdo antes era a violência, hoje em dia parece ser a educação e os bons modos.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Will embrace the world in grey




O sorriso certo te faz sorrir, mas o sorriso errado pode te fazer estourar de raiva
Um olhar pode te fazer ruborizar, mas outro pode te fazer chorar
Uma mudança na entonação e o elogio vira crítica
A comunicação vai muito além da voz, do que é dito
Mas  o que é dito precisa ser pensado.

Quanto mais se cresce, quanto mais se produz
Maior é a sombra que se projeta
É do tamanho dela que se calcula a queda
Mas quem não projeta sombra não está sob a luz dos holofotes

O mesmo potencial da energia nuclear pode tanto
gerar eletricidade para toda uma cidade
quanto reduzi-la a cinzas.
Qual o seu jeito para usar este potencial?


Quando



Nós dificilmente sabemos quem somos. Qual a nossa imagem projetada para o mundo e como cada pessoa nos vê. Nos enxergar assim seria como uma experiência extracorporal e que poder isso nos daria? Que compreensão de nós mesmos. Mas a vida não é assim e as vezes, quando estamos mais gatinhos assustados é que as pessoas estão nos vendo mais como um leão.

Quando tudo está dando errado e fugindo da mão, você ta desconcertado, largado, podre e sem cabeça até para dar oi e ai, só de encontrar alguém você já está melhor, a energia volta e a vida se encaixa de novo. Quando isso acontece, você sabe que esse alguém é sua base, seu chão e é demais de especial.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

You Only Live Once






São Paulo vazia no carnaval. Ninguém em nenhuma das grandes avenidas. Bêbado após uma balada de carnaval. Dirigindo. Por que não aproveitar toda a pista livre para treinar cavalo de pau? Primeiro um pequeno. O segundo. O terceiro, quarto, cada vez maiores, cada vez mostrando maior domínio do carro. Vamos fazer o último, o maior e então ir direito para casa. O carro derrapa demais travando as rodas. Sem controle do carro busco manter o equilibro e fugir do poste. Poxa, bem no último isso foi acontecer. O carro bate na guia e o pior não acontece por muito pouco. Foi divertido.

Foi divertido?

A ideia de se arriscar sempre ao máximo afinal só se vive um vez vai se tornando cada vez mais ridícula conforme se envelhece. A juventude é ágil, é transgressora. Precisa-se ir sempre um passo além, provar que se está mais disposto a arriscar, a tentar mais e a ligar menos para as regras. As regras são apenas para nos manter comportados, mas na final, nada de ruim pode acontecer. Estamos sempre no controle.

Mal sabemos, quando mais novos, que esse controle é pífio, ínfimo. Quase qualquer coisa pode sair do controle, quase qualquer coisa pode acontecer e mudar as variáveis.

Claro, arriscar-se é necessário. E fazemos isso quase que diariamente em diversas frentes. Mas sempre num risco calculado, isolando a maioria das possibilidades de dar errado. Fazendo sempre o melhor possível para que isso não aconteça. Os 5 meninos vinham em um carro, haviam bebido muito e estavam a 193 km/h derrapando em curvas, twitando, rindo. Só se vive uma vez. E se morre extremamente fácil.



segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A calmaria antes...



Dias em que parece que tudo pode dar extremamente certo ou extremamente errado. Muitos momentos de introspecção, mudança de humor, de jeito de viver a vida. Ficar tenso por tanto tempo não pode fazer bem, mas ao mesmo tempo, é tudo que importa no momento.

É como ficar olhando a tempestade que se aproxima, sentir seu cheiro, perceber a tensão em volta e torcer pela mudança de ventos que vai levá-la para longe.  Quando você nota que as cartas estão desmoronando, mas o desenho que elas formam quando caem é muito bonito, o que você faz, acelera a queda ou tenta salvar o que pode?

Está tudo a um passo de dar certo. Vai dar certo. Mas se eu fosse cardíaco... bom, se eu fosse cardíaco não estaria escrevendo isso aqui.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Começos

Sempre começa igual. Uma folha branca, e vamos colocando o que quisermos nela, até não caber mais, até não se suportar mais, ai começa de novo. Nova folha, tudo novo!


Coloca-se seu nome em cima, a data.
Um Título.

Toda vez que começo a escrever um post e paro no meio, quando retomo para postar, sinto que já sou outra pessoa, que aquele post ali não vou saber como terminar e acabou fazendo isso de um jeito meio perdido,com a cabeça do momento e não a de quando comecei a escrever. Esse mês vou fazer um exercício e pegar meus 6 rascunhos antigos, muito antigos, terminá-los e postá-los (essa coisa de TOC não me permite deixar números em aberto).

Mas se este post começou aqui, ele também marca um novo começo. E o melhor novo começo que poderia pedir.

Espero que de agora em diante, sempre que for pegar uma nova página em branco, na parte de cima, eu coloque o meu nome e o dela.


domingo, 2 de setembro de 2012

Com grandes poderes vem grandes responsabilidades (de não levar esses poderes para o lado negro da força)



Imagine que você acorda e um amigo seu te convida para jogar tênis. O cara treina há anos e você nunca jogou, mas em meia hora jogando, pega o jeito e ganha fácil do seu amigo. Joga mais uma partida com outro, e mais uma, e mais uma, e não perde nenhuma. De repente você está jogando um campeonato e ganhando. Como é possível não se achar bom? Como será que isso aconteceu para o Federer? Ou em outros campos, outras áreas, como se manter com os pés no chão, não se achar melhor pessoa do que ninguém? Saber suas limitações?

Todos os dias fazemos milhões de ações no modo automático. Praticamente reagimos ao que o dia manda para a gente. E nisso fazemos uma série de coisas que não gostamos, respondemos por impulso, somos mais nervosos do que gostaria, nos aproximamos de pessoas que não queríamos ou nos afastamos de diversas outras que gostaríamos de ter por perto. Quando é que não nos cansamos de nós mesmos, ou da nossa vida? Mas eu divago.

A dúvida que me persegue aqui é se quando aceitamos que fazemos algo melhor do que os outros, ou temos mais facilidade para algo do que os outros damos um passo na direção do lado negro da força. Temos de nos conhecer, saber nossos pontos fortes e trabalhar nossas fraquezas para que elas sejam nossos trunfos. Mas e se saber seu ponto forte for com o tempo te fazendo se achar melhor do que o resto? Quando a humildade coloca os freios necessários para te impedir de virar um porre?


terça-feira, 21 de agosto de 2012

O prório rabo



Cansado.
21 de agosto. 3 dias depois de completar 1 ano. E eu estou cansado. Cansado de me preocupar com tudo, cansado de me importar com as coisas, de ligar tanto, de não saber descansar a cabeça. Cansado da minha cabeça que fica me perseguindo o tempo todo e criando mil e uma conjunturas. E para o que? Do que me serve tanta preocupação?

Mas é difícil impedir o cérebro de fazer as conexões. É difícil impedir o pensamento como um jogo de xadrez, onde cada peça só se mexe com um propósito, para cumprir um objetivo. Se tal desculpa foi dada e dois dias depois tal coisa aconteceu, estes fatos só podem estar interligados. Mas as pessoas não funcionam assim. Eu até funciono, bem sei. Mas as pessoas, no geral, não. Elas seguem convites, momentos, intestinos, chuviscos e quaisquer coisas que aconteçam de improviso num dia qualquer. Mas eu me preocupo, eu vejo padrões onde eles não existem. Sem perceber, sem querer, mas eles se formam.

E eu não. Eu sigo cada passo traçado. Quando eu me permito? Quando ele para de funcionar? Charlie, the Methadone Man. Preciso sempre de um plano. Ontem, hoje, semana passada, o cérebro parou, cansou, travou. Pressão diária, mais coisas do que se precisariam ter. Preciso de um mês, de uma semana, de um dia... de um segundo que seja, sem o cérebro se preocupar.

Cansado, perseguindo eu mesmo, dia após dia.






quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Ciclos

Do I wanna do right, of course but
Do I really wanna feel I´m forced to
Answer you, hell no




É engraçado admitir que erramos.  As vezes, claro, o erro é gritante e você já sabe que está fazendo errado antes, durante e depois. Se admite, se pede desculpas sinceras, mas na verdade não sabe o mal que foi feito. Não se sabe o tamanho da besteira. Um vacilo pequeno pode dar base para um mal enraizado na cabeça de outra pessoa. Sabe aquela brincadeira de ficar assustando o amiguinho com o seu cão? Então, ele ainda acorda assutado sonhando com um cachorro gigante. Isso, claro, é uma analogia boba, simples.

Nessa vida, eu sem dúvida, fiz muita besteira, muita cagada. E para muitas eu demorei anos e anos para descobrir quantas camadas foram afetadas, ou poderiam ter sido afetadas. Não é achar que eu tenho importância demais, mas é imaginar que se possa ter feito mais mal do que foi visto. É tentar compreender melhor não só o feito, mas sim as pessoas envolvidas e, principalmente, a si mesmo.

A idade vem não só para deixar cabelos brancos e corpos mais pesados, mas também para dar nova luz às coisas. Como o cenário das fotos a cima, muda-se a luz e a estação, e tudo parece novo. A cada inicio de um novo ciclo, o anterior precisa ser fechado e, as vezes, é bom saber dizer que errou e ver o quanto poderia ter feito diferente.


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Citius, Altius, Fortius



Para quantas provas eu comecei a estudar, parei nos primeiros 10 minutos, achei que a matéria estaria me esperando depois e sai para fazer qualquer coisa e nunca mais voltei para a matéria, torcendo para no dia da prova algo tenha ficado das aulas na minha cabeça? E a sensação ao sair derrotado da prova era sempre a mesma: "A prova tava fácil... era só estudar um poquinho..."

O Brasil nestas olimpíadas deve estar se sentindo exatamente como eu nestas provas. Um pouquinho mais de preparo, um pouquinho mais de acompanhamento psicológico, um pouquinho menos de vento. O problema é que não ficamos nem no quase na maioria das vezes. Grandes atestados da nossa maioridade esportiva ficaram no meio do caminho e medalhas que eram "certas" (entre aspas, porque só é certo quando se ganha) caíram por terra. Houveram sim surpresas, como a Sarah Menezes no judô ou o Thiago Pereira finalmente aparecendo do tamanho que era esperado dele. Mas esperar medalhas da natação e do judô vem já há muito tempo e se o investimento é continuo e há procura de patrocinadores, os nomes são destes dois, mas podiam ser de quaisquer outros.

Não sou louco de tirar a força que teve um Cesar Cielo em 2008 e ele, sem dúvida, abriu caminhos. Mas também apontou para o óbvio na época de sua medalha de ouro: Precisou ir treinar nos Estados Unidos para ter chance de competir de igual para igual com as potências nos esportes aquáticos. Isso pode ser visto em diversas modalidades, atletas que não confiam, ou mesmo não tem, uma estrutura para treinar sua modalidade. Alguém que queira joga badminton no país não deverá nem mesmo encontrar quadras que não sejam em algum clube caríssimo.

Você pode dialogar que esporte não é prioridade para um país que não consegue nem mesmo passar nas coisas mais básicas de educação, saúde, ou de infra-estrutura. E eu direi que de fato estas três coisas são muito importantes, mas a prática de esporte também é. Não só importante, como um direito. Defendo a prática de esporte (e a torcida para o mesmo) de muitas maneiras. O mais óbvio é a parte política. Uma nação bem organizada, tem um esporte forte e um esporte forte é sentido nos resultados. Isso foi ridículo de óbvio durante a guerra fria e continua hoje em dia, na disputa das medalhas por China e Estados Unidos. Além disso, trás prestigio a nação e, eventualmente, dinheiro. Afinal, quantos nadadores, tenistas, corredores e etc, mudaram de país para treinar e investiram seu dinheiro no local. São empregos gerados, marcas trazidas para outras nações e investimentos diretos.

Mas mais do que isso, esporte é qualidade de vida. Não é só bom de fazer, é necessário ser feito. Principalmente durante a fase de desenvolvimento. Mas não só. Esporte ajuda a longevidade, ajuda ao bem estar físico e mental. Ajuda também a atividade cerebral, oxigenação e faz bem para desenvolvimento de atuação em grupos, convivência e vida em sociedade. Locais onde o esporte é bem desenvolvido (assim como música) tem grande diminuição em criminalidade. No país, infelizmente, grande parte dos colégios públicos não tem nem mesmo uma quadra poliesportiva, além de faltarem profissionais em diversas áreas e, me pergunto se nas áreas onde temos alguns bons profissionais, uma vez que estes se aposentarem vamos ter continuidade.

Esporte também é entretenimento e capaz de emocionar e tocar diferentes pessoas com situações incríveis, lindos lances e histórias de superação. Esporte é muito mais do que fazer exercício e é extremamente importante. Ganhar copas, campeonatos, medalhas ou olimpíadas faz parte do exercício da competição e não é prioridade, é algo que acontece como consequência de um trabalho bem feito e da integração. E o país da próxima Copa do Mundo de Futebol e dos próximos Jogos Olímpicos de Verão nem mesmo engatinha em possibilitar a sua prática a todos, enquanto gasta rios de dinheiro em ambos os eventos.

O dinheiro gasto nestes eventos poderiam ser investidos em diversas coisas de necessidade básica, seja o saneamento, novos hospitais, equipamentos, preparos, estradas, metros e, por que não, na prática do esporte. Ao invés disso, deixam para a última hora para poderem aprovar quaisquer orçamentos como bem quiserem (sem abrir licitações) porque se trata de uma situação de emergência. Resta-se torcer para que as melhorias feitas para aguentarmos sediar estes eventos sejam duradouras, pois, como vimos no Panamericano do Rio de Janeiro, o que sobra dos centros esportivos são elefantes brancos no meio da cidade que ninguém usará. Afinal, Manaus dificilmente precisaria de um estádio de mais de 40 mil pessoas. Assim como os estádios do centro oeste, sul e até sudeste do país. Salvo o nordeste que lota a maioria dos seus jogos. Ou então ter feito uma obra para o Maracanã abrigar o Pan e ter de fazer uma nova para o mesmo abrigar a Copa do Mundo. Isso falando apenas de futebol. Se formos para outros esportes, chegaremos no Maria Lenk, entre tantos outros.

O país precisa se levar a sério antes de poder se imaginar grande em qualquer esporte (ou em qualquer outra área por assim dizer).

terça-feira, 31 de julho de 2012

Deh-Shay, Bah Sah Rah



Trilogias cinematográficas são complexas de se fechar. Nós vamos sempre ter dois outros filmes para nos basear e o último tem de ser maior, melhor e mais catártico. Quando os filmes são baseados em quadrinhos fica ainda mais difícil. Quadrinhos com anos e anos de revistas tem um absurdo de personagens e no último filme tenta-se espremer todos dentro para não esquecer ninguém e para deixar o filme ainda maior. Vimos isso no X-Men 3 e no Homem Aranha 3, onde tínhamos mais personagens, com menos ligações e muitas pontas soltas.

Mas o Batman de Chris Nolan vinha fugindo destes esteriótipos. Vinha. O que o Nolan fez de mais importante com o Batman foi levar ele a sério. Os filmes ficavam distantes dos outros de heróis porque seus personagens pareciam existir, tinham camadas de compreensão, mesmo no mais simples dos filmes, o trabalho no psicológico dos personagens e na expectativa da audiência era o foco.

Chega o terceiro filme, e as dúvidas se acumulam. Cometeria ele os mesmos erros dos outros filmes, tentando fazer o famoso final de novela, onde até quem esta morto aparece? E a escolha dos oponentes do filme: Mulher Gato? Bane? Tudo apontava para um decepcionante final.  Mas o filme tem seus erros e seus acertos. E os acertos são muitos, de verdade. O Batman está destruído após o ultimo filme. Os acontecimentos do filme anterior tem peso aqui, nos personagens e na linha da história. O filme não começa do zero e se re-explica para o telespectador. Você chegou até ali, você merece que a história te leve a sério.

Mas o problema reside em mexer com o Bane. Um personagem criado nos quadrinhos como o anti-Batman, o Batman negativo, mais forte e tão inteligente quanto. Um cara com um proposito e uma missão, que mais uma vez se vê diminuído em um filme. Muito melhor do que a coisa horrível que fizeram em sua aparição anterior (seria impossível piorar aquilo). Se o vilão foi uma escolha infeliz, a quantidade de personagens que voltam a aparecer foi muito acertada. Eles não precisam de explicação, você não precisa nem lembrar, mas eles estão lá. E nisso o filme sai anos luz na frente das outras conclusões de trilogias de quadrinhos.

Enquanto você assiste ao filme, empolgado pela grandiosidade das cenas, pelo ritmo incessante e pelo som que o faz vibrar por dentro (literalmente), tudo parece funcionar. Fica aqui e ali uma dúvida do porquê disso, ou daquilo, mas passa batido. Quando, ao final de tudo, você começa uma conversa, as incongruências saltam aos olhos, e as forçadas de barra (típicas dos filmes de herói destes últimos dois anos) ficam mais evidentes.

Isso diminui o filme? De certa maneira sim. Mas não de maneira errada, simplesmente o coloca no lugar certo dele. É um filme de entretenimento, com uma história mais complexa e com mais profundidade do que o gênero pede, mas ainda assim é um ação/aventura. Não é uma afirmação política, ou o último filme de herói que jamais poderá ser batido. É um filme bom. E isso é mais do que pode se dizer de muito filme hoje em dia.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

New Dawn

O dia não acaba bem, a manhã vem ainda pior. Desencontrado.
O medo, panico e inseguranças surgem mais fortes e parecem que vão ditar o ritmo do dia, quiçá da semana.

Para, respira fundo, não se abate.
As coisas podem estar ruins, mas elas não são ruins.
Só há alegria e felicidade em todo o resto.
Respire.
Não deixe a cabeça vencer esse jogo.
Respire, lembre-se só das coisas boas, dos planos e sorria.


Respire.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

A carta nunca escrita


"Filhinho e Filhinha queridos.
Eu pensei muitas vezes em como ia escrever essa carta para vocês. Não é uma carta fácil, sei que vocês entendem, por isso enrolei, enrolei, enrolei, mas eu falo sobre isso depois. A hora chegou e a separação, agora, não tem mais volta. O que há depois daqui eu não sei e não vou poder contar para vocês se prepararem, como sempre fiz. Essa vai ser minha última viagem, a grande viagem e quem sabe eu tenha algumas respostas que eu tanto procurei em vida.
Vocês sabem que as coisas apertaram muito depois da separação e eu, por mais que tenha buscado, sempre senti que faltava algo, que já não estava mais completa, não rendia meu melhor. Mas o meu melhor sempre foram vocês, a energia, vivacidade e inteligencia de uma, a criatividade, sociabilidade e esperteza do outro. Os meus pequenos. Se não disse mais vezes para vocês enquanto viva, saibam que me orgulho muito da vida que construíram e constroem e que confio em vocês para viverem decentemente, sem corromper o que eu pude ensinar. A vida da muitas voltas e nos prega as piores peças, se não estivermos atentos, acabamos fazendo as coisas que prometemos jamais fazer. E ai não adianta desculpa de ninguém, a única desculpa que você precisa conseguir é de vocês mesmos.
Vocês vão perceber que a vida vai continuar sem mim e que todo mundo vai se acertar. Quem sabe, como eu sempre falei para vocês, a vida até melhore. Não é que esteja me diminuindo, é que na partida, as frases ditas ganham novo peso, uma nova luz. Sei que vocês serão grandes na vida e sei que mais do que isso, serão boas pessoas. Aproveitem tudo que ficou para trás, comam bigodeiras, leiam bons livros, vejam bons filmes, respirem o ar mágico de entre as árvores desse quintal, permitam-se acreditar no impossível e sempre se lembrem de mim com um sorriso na cara e uma boa história para contar.
E amem muito, pois amar é a melhor coisa da vida. Encontrem alguém que mereça este amor e faça de tudo para que eles saibam disso todos os dias. E limpem atrás das orelhas.

Eu sei, enrolei tanto para escrever essa carta, que acabei não escrevendo. Mas meus filhotes, vocês sabem disso, eu não precisava nem dizer.

                                                                                                         Um beijo enorme
                                                                                             Da Mucha que ama muito vocês"

sexta-feira, 13 de julho de 2012

A importância do Jimmy Olsen


Yeah, Lois Lane you don't need no Super Man
Come on downtown and stay with me tonight
I got a pocket full of kryptonite



Quando você é o Homem Aranha, qual o impacto que o Harry Osborn teve em sua vida? E o Jimmy Olsen na do Super Homem? O quanto a amizade  ajuda no crescimento do herói? De muitas maneira, o melhor amigo de um super herói é o lado humano do mesmo. O cara que chama atenção, mesmo quando na verdade só esta saindo chateado achando que não conseguiu passar a real para nosso herói.  Nestes muitos anos de histórias em quadrinhos, muitas vezes o Jimmy, o Harry e tantos outros foram colocados em primeiro plano com histórias contadas sob a sua perspectiva, ou apenas se dando melhor do que o personagem principal em determinados momentos. Não conseguiriam ser o carro chefe das revistas, mas mostraram que tem personalidade e que podem vez ou outra ser o centro das atenções.

Nas nossas vidas a coisa funciona um pouco assim. Você é sempre o personagem principal da revista sobre a sua vida. Será que a gente poderia sentir o impacto que os amigos do personagem principal desta revista tem nas histórias? Eles roubam o show ou fazem uma série de boas sacadas? São alivio cômico ou a voz da experiência?

Em diversas situações em que vivi, vejo que um pouco das minhas decisões foram fundamentadas em conversas ou situações que eu passei com meus amigos. Antes de tomar uma decisão, lá do fundo da mente, vem aquele amigo dizendo o que ele já fez em uma situação parecida: "Puxa, nessa situação eu sempre acabei fazendo tal coisa" ou "todo mundo deveria fazer isso" e pronto, boa parte do trabalho de pensar e escolher já foi feito para você. Afinal, você conhece, gosta e se importa com que estas pessoas dizem. O quanto você percebe disso é muito pouco. Esse impacto dos amigos parece não existir, parece não fazer parte da gente, mas faz, e faz profundamente. 

Se fossemos processar cada decisão que tomamos e ver todos as variáveis e motivações, demoraríamos horas para tomar decisões simples. Para facilitar, nosso cérebro monta uma base de conceitos e informações sobre cada assunto que facilita e dinamiza a tomada de decisões. Quando você escolhe algo, na verdade, seu cérebro já havia escolhido por você milésimos de segundos antes. Só temos a sensação de controle. E o cérebro toma essa decisão baseado nas informações que você coloca lá, experiências, instrução, ou ensinamentos de amigos formam isto da mesma maneira e com a mesma importância. De certa maneira, é um "diga-me com quem tu andas que eu te direi quem és".

E então, ao salvar Metropólis do avião que caia, o Super Homem decidiu sozinho ou a conversa que teve anos antes com o Jimmy Olsen o impulsonou nesse sentido?



terça-feira, 10 de julho de 2012

A última dança

Fecham-se as cortinas



7 anos se passaram desde meu primeiro evento.

Engraçado como essa transição acompanhou também o meu amadurecimento. Eu comecei a fazer eventos como um moleque sem propósito real. Queria ter um dinheirinho para sair de balada sem ter de me importar com mais nada. Meu celular era pré-pago, eu não tinha uma conta no meu nome, uma dor de cabeça. Vivia feliz na casa do meu pai, sem intenção de sair, afinal, ela comportava tranquilamente qualquer número de moradores que ela vier a ter.

Na época, tudo que eu queria era receber no dia, ou o quanto antes para poder sair sempre. Foi um ano importante, no momento certo dele. Mas não deixou saudades. O que eu tinha de viver nele, eu vivi. No ano seguinte é que a coisa começou a engrossar.



Nestes seis anos que eu tive a A+ Eventos, eu passei pelos mais diferentes estágios de compreensão e funcionamento de um evento. O primeiro evento que eu fiz sozinho, achei que dava conta e enfiei os pés pelas mãos. Não tinha idéia que poderia sair tão errado. Fora o cliente insatisfeito, tive um saldo de duas multas de transito! De lá para cá eu melhorei bastante, ainda bem.

Tive com meus dois sócios um momento de freio em crescimento e algumas crises, todas muito bem superadas e passei a levar a empresa sozinho. Cheguei a fazer 30, 40 eventos por mês. Aumentava equipe e conseguia novos clientes.  Fiz eventos dos mais diversos, de lançamento da Porsche na Daslu, a festa de aniversário em buffet infantil. Conheci muita gente, muitos lugares, e interior de coisas que eu jamais veria. A cidade de São Paulo e algumas nas redondezas.



Mas chegou o momento de parar. Muitas noites mal dormidas, muitas dores no corpo, muitos cabelos brancos, brigas, reclamações. Mas ficam apenas as lembranças boas, as risadas, as equipes, as amizades feitas e que marcaram uma fase longa e tão boa da minha vida. Muito obrigado a todos vocês que participaram desta equipe, empresa e época fantástica da minha vida. Que venham novas.

Foi especial fechar a empresa com este bar que eu montei para o casamento da Flavia e do Rafael. Balcão lindo, 12 drinks criados especialmente para o evento, só amigos queridos na equipe e as imagens fenomenais que a Laura, minha namorada linda, fez para o menu(que foi em ipad)e ilustram este post. Isso se chama fechar com chave de ouro. Se a A+ vai continuar nas mãos de outra pessoa, eu não sei. Mas aqui ela fechou sua história comigo e me fez muito bem. Comecei menino, moleque, e estou fechando como homem, que paga suas contas e cuida de sua vida.





quinta-feira, 5 de julho de 2012

O Próximo Passo

"E se quiser saber para onde eu vou"




O medo, por muito tempo foi mal visto pelas pessoas. Ter medo é errado, o corajoso é o cara ser seguido, o exemplo. Recentemente, a psicologia e outros estudiosos do seres humanos e sua psique, encontraram motivos sadios para termos medo e como o medo pode ser bom.

Se por um lado o corajoso é determinado e se aventura, é também o primeiro a se dar mal, dando a chance do medroso viver um pouco mais e aprender a se contorcer para sobreviver a desafios sem se expor. Mas o medo não pode ser paralisante. Ele não pode te impedir de fazer coisas que você quer, não pode impedir de viver sua vida. Dizer que os medos existem para serem enfrentados é o obvio, o chavão. Alguns medos não precisam ser combatidos, mas sim, descobrir uma maneira de se viver igual a todos com eles. Coexistir e não se render.

E isso não é apenas no dia a dia, nas pequenas coisas, mas também nos grandes medos. Você consegue uma fortuna trabalhando muito. Esse dinheiro passa a viver por você, o medo de perdê-lo, de ser roubado, de acordar e não ter mais nada. Ou seu carro novo, a mulher de seus sonhos, o emprego ideal, o campeonato invencível. As coisas que você tem acabam possuindo você. O medo de não ter mais é tão grande que dirigirá seu pensamento sempre. E assim que você entender que se você conquistou uma vez, você conquista de novo sempre, você estará livre. E nesta pequena zona de existência, nesta pequena percepção é que esta a liberdade. Você não precisa e se precisar, será capaz de conseguir tudo de novo.

O medo não pode te paralisar.



Super Mário

“Heard joke once: Man goes to doctor. Says he's depressed. Says life seems harsh and cruel. Says he feels all alone in a threatening world where what lies ahead is vague and uncertain. Doctor says, "Treatment is simple. Great clown Pagliacci is in town tonight. Go and see him. That should pick you up." Man bursts into tears. Says, "But doctor...I am Pagliacci.”




As vezes me sinto um personagem do Alan Moore. Um Manhattan, um Rorschach, um Supremo.


Enquanto parece que eu posso fazer tudo, resolver todos os problemas, sobrando ainda tempo para cuidar da casa, fazer comida, criar piadas, entreter as pessoas, contar histórias e criar teorias. As vezes eu sinto que eu não posso errar, que o que eu fizer vai ser certo, vai ser bom, vai funcionar.
Mas isso não é a verdade. Eu erro. E erro muito. Tenho tantas falhas quanto tenho características positivas. Nessa vasta cabeça, há territórios escuros, dúvidas, inseguranças e terrenos em que só o sombrio floresce.
Aos seus olhos eu posso tudo, e para você eu deixo ver estes pequenos recônditos da minha natureza, as ervas daninhas da minha mente. Everybody. Everybody is a hero, a lover, a fool, a villain. Everybody. Everybody has their story to tell. Claro. E cada um esconde e usa cada uma destas coisas da melhor maneira possível.  Mas aos seus olhos eu seu que posso tudo e com você é assim que eu me sinto. Um Manhattan, um Rorschach, um Supremo.


“None of you understand. I'm not locked up in here with YOU. You're locked up in here with ME.” 

Sonho



Segundo dia consecutivo que sonho com a minha mãe. No primeiro estava indo visitar o apartamento novo dela, muito bonito, com piscina e com um deck que dava para uma lagoa. Era como se ela não tivesse morrido e só tivesse se mudado. Hoje sonhei com ela reaparecendo, na cama da Helo. Aparecia bem jovem e ia envelhecendo muito rápido, e ia vivendo sua vida na mesma velocidade. Em questão de dias já estava 40 anos mais velha, e já havia namorado, sido modelo, passado por diversos lugares, como tirando o tempo perdido.

Não ligo de sonhar com ela, não fico mal. Mas venho me perguntando: por que agora?